6 de janeiro: dia de desmontar o pinheirinho de Natal. |
Meus amigos, há exatamente um ano, em 6 de janeiro de 2020, escrevi as palavras a seguir, em meu perfil no Facebook, semanas antes da Pandemia do Coronavírus tomar o planeta Terra de assalto. Até então, os boatos sobre um misterioso vírus circulando pela China eram nebulosos e reticentes, mas o debate em torno da Covid-19 veio para dialogar com meus receios:
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6 de janeiro. No Brasil é dia de desmontar a árvore de Natal.
Na tradição cristã é dia de Epifania, para lembrar dos Três Reis Magos que visitaram o menino Jesus.
Na Itália é dia de "La Befana", a bruxa boa que vem trazer doces para as crianças obedientes, e lascas de carvão para aquelas que aprontaram no ano passado.
A secularização está acabando com estes costumes, assim como a globalização, que apaga fronteiras e vai diluindo também a diversidade cultural do mundo. Diversidade lembra diversificação: é ela que protege as pessoas de ideologias vazias e os investidores dos riscos.
Fronteiras e tradições são necessárias. Imagine um mercado plenamente globalizado, regido por apenas uma Bolsa? Haveria um risco sistêmico incontrolável.
Imagine um mundo sem costumes locais preservados: viveríamos todos num grande aeroporto com quartos de hotéis beges e padronizados, no qual viajar deixaria de fazer sentido.
Esse justamente é o sonho de muita gente: uma só moeda, uma só língua, uma só rede social controlando tudo. Que La Befana nos proteja disso, com ajuda dos Reis Magos.
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Além de eletrônicos tão disputados, utensílios, ferramentas e milhões de tipos de miudezas, a China aproveitou os seus fretes para todos os cantos e recantos do mundo e distribuiu virulentas lascas de carvão.
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