segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Amigos de verdade se recomendam

Ênio Padilha e Jean Tosetto com o livro "Arquiteto 1.0" em mãos.
Ênio Padilha e Jean Tosetto com o livro "Arquiteto 1.0" em mãos.

O Professor Ênio Padilha mora em Santa Catarina mas viaja pelo Brasil inteiro ministrando cursos e palestras relacionadas com marketing e administração de escritórios de Engenharia e Arquitetura. Se você é engenheiro ou arquiteto engajado na profissão, provavelmente já ouviu falar dele ou tenha lido um artigo sem saber que era de sua autoria.

Sou suspeito para falar dele, pois sou seu amigo. Embora nosso contato seja 95% virtual, em algumas oportunidades temos o prazer de conversar pessoalmente. Em setembro de 2018 ele fez uma turnê de palestras pelo interior de São Paulo e Paraná. Uma semana em cada cidade num ritmo frenético típico de um rock star.

O primeiro compromisso era justamente em Paulínia, minha cidade. A associação local de engenheiros e arquitetos, sabendo de minha amizade com o Padilha, me incumbiu de ir buscá-lo no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

Enquanto o levava para o hotel, tivemos uma daquelas conversas que fazem o tempo voar. Conversamos sobre nosso livro em comum, lançado em 2015, "Arquiteto 1.0 - Um manual para o profissional recém-formado", e da dificuldade que enfrentamos para divulgar o livro nos canais de comunicação relacionados com a profissão.

Fizemos um mea-culpa: nós arquitetos e engenheiros temos que aprender com os jornalistas, músicos e gente do teatro e cinema. Mesmo quando atuam por empresas concorrentes eles se ajudam numa espécie de corporativismo saudável. Por exemplo, se um jornalista da Folha de S. Paulo lança um livro, ele será comentado no jornal O Globo e vice-versa. Quando uma atriz de novela do SBT estreia uma peça de teatro, lá vai ela ao programa do Ronnie Von, da TV Gazeta, para jantar com o apresentador.

Parte dessas divulgações é intermediada por assessoria de imprensa, é verdade, mas existe também muita espontaneidade neste meio midiático, pois uns reforçam o valor do passe dos outros.

Um dos aspectos que admiro no Ênio Padilha é a sua generosidade. Ele com frequência compartilha conteúdo de terceiros em suas redes sociais, mesmo de profissionais que teoricamente concorrem com ele no ambiente das palestras. São artigos e resenhas escritos por designers, engenheiros, arquitetos e profissionais de marketing que enriquecem suas páginas.

Infelizmente não vejo muitas retribuições. A Internet é povoada por gente que só pensa no próprio umbigo. Ficam felizes quando seu trabalho é reconhecido por outros, mas não reconhecem isso publicamente. Esse pessoal ignora a estratégia do "The Thank You Economy" - a Economia do Agradecimento. Reproduzo a seguir uma livre tradução, para o português, da sinopse do livro de Gary Vaynerchuk, na loja virtual da Amazon:

"Se estivéssemos em 1923, este livro teria o título de "Por que o rádio está mudando o jogo"...

Se fosse em 1995, seria "Por que a Amazon vai conquistar o mundo do varejo"...

A Thank You Economy é sobre algo grande, algo maior que qualquer plataforma revolucionária. Não é um conceito abstrato ou uma estratégia de negócios maluca - é real, e todos nós fazemos negócios todos os dias, independentemente de escolhermos reconhecê-lo ou não. É a maneira como nos comunicamos, a forma como compramos e vendemos, a forma como as empresas e os consumidores interagem online e offline. A Internet, onde nasceu o The Thank You Economy, deu voz novamente aos consumidores, e o tremendo poder de suas opiniões através das mídias sociais significa que as empresas e marcas têm que competir em um nível totalmente diferente do que costumavam fazer.

Já se foram os dias em que uma nevasca de dólares de marketing poderia ser usada para sobrecarregar as ondas do rádio, afastar a concorrência e atrair a atenção do cliente. Agora, as exigências dos clientes por autenticidade, originalidade, criatividade, honestidade e boas intenções tornaram necessário que as empresas e as marcas retornassem a um nível de atendimento raramente visto desde a época de nossos bisavós, quando os proprietários geralmente conheciam seus clientes pessoalmente. e lhe davam atenção individual.

Aqui, o renomado empresário Gary Vaynerchuk revela como empresas grandes e pequenas podem escalar esse tipo de atenção pessoal e individual para toda a sua base de clientes, não importa quão grande seja, usando as mesmas plataformas de mídia social que levam o consumidor de boca em boca. A Thank You Economy oferece evidências convincentes, baseadas em dados, de que entramos em uma era de negócios inteiramente nova, na qual as empresas que veem os maiores retornos não serão as que podem jogar mais dinheiro em uma campanha de publicidade, mas serão aquelas que podem provar que se preocupam com seus clientes mais do que qualquer outra pessoa. As empresas e marcas que aproveitam o poder do boca-a-boca das mídias sociais, aquelas que podem mudar sua cultura para serem mais conscientes do cliente e amigáveis ​​para os fãs, vão se afastar do grupo e lucrar nos mercados de hoje.

Repleto de franqueza irreprimível e sagacidade de Vaynerchuk, bem como exemplos reais de empresas que estão lucrando colocando os princípios da Thank You Economy em prática, a Thank You Economy revela como as empresas podem aproveitar todas as mudanças e desafios inerentes às mídias sociais e transformá-las em tremendas oportunidades de lucro e crescimento."

Posto isso, vocês já perceberam que estou colocando em prática a "Economia do Agradecimento". O Professor Ênio Padilha é autor de vários livros e creio que tenho todos os que estão no catálogo atual. Se tivesse que escolher apenas um deles para recomendar, seria "NEGOCIAR E VENDER SERVIÇOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA". Este livro já me ajudou muito durante a negociação de um dos projetos mais importantes da minha carreira e tomo a liberdade de reproduzir a sinopse dele também:

"Neste 5º livro Ênio Padilha aborda uma das principais dificuldades enfrentadas por engenheiros e arquitetos em todo o Brasil: a negociação dos serviços.

Como nos livros anteriores, mitos e crenças disseminadas pelo senso comum são atacados e desfeitos à força de esclarecimentos técnicos e um conjunto de argumentos que podem ser utilizados pelos profissionais no campo.

Baseado nos cursos apresentados desde 1997 e que já contaram com a participação de 15.000 profissionais em 155 cidades de TODOS os estados Brasileiros, o livro parte de um conjunto de pressupostos intrigantes (e instigantes), como, por exemplo o de que “os clientes não sabem comprar serviços de engenharia e arquitetura e este deve ser o primeiro problema a ser enfrentado pelos profissionais”; outro pressuposto é o de que “os clientes dos engenheiros e arquitetos não são sensíveis ao preço. A questão do preço não é um problema real. É, antes, uma consequência do comportamento dos profissionais nas negociações.”; além disso, o livro dedica-se a explorar as diversas particularidades dos serviços de Engenharia e Arquitetura e as consequências que essas características apresentam para o marketing e para as negociações.

A ideia é não perder de vista que negociar e vender serviços de Engenharia e Arquitetura não é tarefa para principiantes. É preciso conhecer bem o terreno, dominar o jogo e saber a hora e a vez de cada lance.

O livro abordará os mesmos tópicos do curso homônimo e terá alguns capítulos adicionais como, por exemplo, um capítulo sobre "ORÇAMENTOS E CONTRATOS", incluindo exemplos completos.

A novidade deste livro é um capítulo especialmente dedicado aos recém-formados, mostrando que a coisa não é tão feia como parece."

Todos nós, mesmo na condição de profissionais autônomos ou empregados, devemos compreender que somos empresários de nós mesmos. Devemos ter em mente que o primeiro passo para termos nosso trabalho reconhecido é reconhecer o trabalho do próximo. Quando o próximo é seu amigo, fica mais fácil.

Veja também:

2 comentários:

  1. Muito obrigado, querido amigo.
    É realmente um privilégio tê-lo no meu circulo próximo de amizades. Ser objeto de um dos seus artigos é uma grande honra. E essa sua aula sobre a Economia do Agradecimento é uma coisa que merece mesmo ser divulgada.

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    1. Caro Padilha, gosto de nossas conversas, pois elas rendem ideias novas. Que mais pessoas possam praticar a Economia do Agradecimento, dado que neste tipo de atuação todos os agentes envolvidos - ativos e passivos - saem ganhando.

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