segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Cinco anos escrevendo livros

Jean Tosetto com dois de seus livros publicados, no protótipo da poltrona que está desenvolvendo em parceria com Doni Grandini.
Jean Tosetto com dois de seus livros publicados, no protótipo da poltrona que está desenvolvendo em parceria com Doni Grandini.

Em novembro de 2012 o furgão de uma transportadora chegava ao meu escritório com a primeira carga de exemplares do livro "MP Lafer: a recriação de um ícone". Lá se vão cinco anos - meia década - desde que resolvi contrariar o senso comum, que rezava que eu teria que ser apenas arquiteto, para me tornar também um escritor.

Tive a ajuda de muitas pessoas para vencer este desafio, pois é preciso muita força de vontade para romper com a inércia, sem a qual os sonhos não se convertem em objetivos, e os objetivos não se convertem em realidade. Mas se tiver que mencionar apenas uma pessoa, esta seria Percival Lafer.

Meu primeiro livro foi vendido para o Brasil inteiro e exportado para mais de dez países. Em agosto de 2017 a Lafer levou um lote de exemplares para a Alemanha, para presentear os entusiastas da marca reunidos num evento histórico.

Mais difícil do que escrever o primeiro livro, é escrever o segundo. É o segundo livro que diz que você será um escritor de fato, e não apenas alguém que mergulhou num capricho ocasional. Desta vez meu grande guia foi o professor Ênio Padilha, co-autor de "ARQUITETO 1.0 - Um manual para o profissional recém-formado".

Lançado em dezembro de 2015, recentemente tivemos a satisfação de saber que o corpo docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do CEUB - Centro Universitário de Brasília - recomendou a aquisição de 14 exemplares do nosso manual para a biblioteca da instituição. Não foi apenas um exemplar para constar, mas 14 - um indicativo de que os alunos receberão orientação expressa para ler o livro.

Depois disso recebi convites para ser colaborador oculto em dois projetos editoriais. O colaborador oculto é uma espécie de escritor fantasma (o termo em inglês é mais chique: ghost-writer). Obviamente não posso revelar do que se trata. Faz parte do contrato não reivindicar a co-autoria em trabalhos como estes.

No entanto, fui agraciado pelo convívio com pessoas muito competentes em suas áreas, mas com falta de tempo ou aptidão para organizar suas ideias em palavras. Mais importante do que os valores recebidos nestes casos, foi ser tratado como um profissional.

Finalmente, em 2017, fui chamado pelo Tiago Reis para escrever artigos sobre educação financeira para a Suno Research, casa independente de pesquisas em investimentos na Bolsa de Valores de São Paulo.

Da relação com um time de especialistas em análises de valores mobiliários, veio a confiança para ingressar em um novo projeto editorial, desta vez para um e-book. Estou trabalhando nele há alguns meses para que o mesmo seja lançado antes do Natal. Por enquanto isso é tudo que posso afirmar.

A gente se desdobra para seguir a carreira de arquiteto em paralelo com a nova carreira de escritor. Vendo as coisas em retrospectiva - é para isso que servem as datas redondas - notei que venho desenvolvendo projetos editoriais na média de um lançamento por ano, em temas diversos.

Estou feliz por não ter tempo para comemorar e ainda por manter o desejo de continuar escrevendo livros. Feliz, também, por ter ignorado o senso comum, que coloca as pessoas dentro de potes de conserva rotulados, com uma tampa bem rosqueada por cima - dessas que as pessoas precisam de muita força e jeito para abrir.

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2 comentários:

  1. Amigo Tosetto. Quando resolvemos fazer o convite para que você escrevesse comigo o livro ARQUITETO 1.0 já tínhamos a certeza de que você era UM ESCRITOR PRONTO. É claro que, no processo, você superou nossas expectativas. De potencial co-autor do livro você se transformou, pela sua competência, no autor principal. Escreveu 8 dos 12 capítulos do livro (e escreveu os capítulos mais importantes).
    Você é um profissional excepcional e um autor de primeira linha. E eu me sinto privilegiado em tê-lo como parceiro em algumas empreitadas. Parabéns pelo brilhante trabalho. Parabéns pelos cinco anos de publicação do primeiro livro.

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    1. Caro Ênio, serei sempre grato por dois convites que você me fez. O primeiro para escrever uma série de artigos semanais durante uma temporada em seu site, e o segundo para escrever um livro com você.
      Saiba que em muitos aspectos me espelho em sua trajetória, que absorvi não apenas pela coleção de livros de sua autoria que fui adquirindo ao longo do tempo, mas também pela nossa convivência, mesmo que virtual.
      Se você escolhe lutar o bom combate, faça isso ao lado de soldados leais e tudo terá valido a pena. Abraço!

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