quinta-feira, 25 de maio de 2017

O espírito de um ghost-writer

The Spirit, criado por Will Eisner, desenhado aqui por Jean Tosetto.
The Spirit, criado por Will Eisner, desenhado aqui por Jean Tosetto.

O cinema foi cruel com The Spirit, personagem criado por Will Eisner em 1940. Não lhe deram as mesmas condições de Homem-Aranha e Wolverine para brilhar na grande tela. Não importa. The Spirit segue sendo, ao lado de Tintim, meu personagem favorito dos gibis.

Hoje, depois de não sei quantos anos, tentei desenhá-lo novamente. O representei sentado numa escrivaninha, escrevendo algo na máquina de datilografar. Quando Denny Colt combatia o crime em Central City sob a máscara de um herói, ninguém sabia que era ele que se arriscava.

De certo modo, é assim que me sinto hoje, após ver um artigo publicado num site importante, para o qual trabalhei na condição de "ghost-writer" (escritor fantasma). Não que seja arriscado escrever textos em tais condições. Pelo contrário. O anonimato lhe permite divagar com a autoridade que um mero mortal não atingiria tão cedo.

Obviamente não posso revelar qual foi o texto que escrevi. Somente posso afirmar que foi um desafio intelectual vencido com a satisfação de ter entregue um bom trabalho. Satisfação também pelo fato de saber que posso ser remunerado fazendo aquilo que gosto tanto: projetar e escrever.

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