terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Educação: a única salvadora de uma pátria

Imagem editada a partir da fotografia de Marie-Lan Nguyen de medalha exposta no Museu do Louvre em Paris, França. Trata-se de um estáter macedônico de ouro com efígie de Atena, c. 323-297 a.C. (Texto publicado originalmente no Facebook em 10 de janeiro de 2014).
Palas Atena: a deusa da sabedoria e da justiça na mitologia grega.

Os países com os melhores índices de desenvolvimento humano estão na Europa Setentrional: Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega. São economias relativamente pequenas perto das grandes potências mundiais como China e Estados Unidos. Mas, por seguirem a ética protestante, tais países valorizam o bem estar social acima das disputas políticas.

Nestes países não se discute se o governo é de esquerda ou direita, ou se a presença do Estado deve ser grande ou pequena na sociedade. O Estado, nestes países, tem o tamanho suficiente para não interferir nas liberdades individuais dos cidadãos, mas é capaz de protegê-los do capitalismo selvagem, através da regulação necessária da economia. Lá, os impostos também são altos, mas os serviços públicos são de primeira qualidade.

O que estes países possuem em comum, além da ética protestante? O respeito supremo pela educação.

Outros países, conhecidos como "tigres asiáticos" evoluíram substancialmente a partir da década de 1950 através de um pacto pela educação, após passarem por verdadeiras catástrofes em sua história.

O Japão teve uma das mais humilhantes derrotas que um país pode sofrer numa guerra. Quando os americanos jogaram as bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, antecipando a rendição das tropas em 1945, o Imperador foi obrigado a declarar para o seu povo que não era um semi-deus.

A Coreia do Sul, antes da traumática separação com a Coreia do Norte, que havia aderido ao comunismo, era um lugar miserável quando adotou a educação como mote.

Hoje você compra carros coreanos e japoneses, mas o seu país ainda não tem uma marca de porte, genuinamente brasileira.

Infelizmente o Brasil não segue a ética protestante, pois foi colonizado por um país orientado pela contra-reforma, cuja cultura de exploração foi moldando os costumes que nos mantém atrasados até hoje. Por isso, nunca seremos uma Dinamarca ou Suécia.

Então, como o Brasil pode realmente se tornar um país melhor para se viver, sem investir astronomicamente na educação? Será que é preciso acontecer uma guerra por aqui?

Todos nós sabemos que uma guerra nunca é a melhor saída. Mas existem batalhas que precisamos travar por nossos filhos e netos. Tratam-se de batalhas culturais com reflexos diretos em nossa política.

Chega de votar no "menos pior". Chega dessa história do poder pelo poder. Precisamos eleger gente disposta a se sacrificar pela população, e não para servir-se dela. Precisamos de partidos com verdadeiros ideais.

A gente precisa chacoalhar os pilares deste país.

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