quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Uma dose de tubaína para adoçar o dia

Publicado originalmente no Facebook em 9 de fevereiro de 2014.
Publicado originalmente no Facebook em 9 de fevereiro de 2014.

Estou acompanhando a obra de um projeto residencial que fiz para um lugar idílico, perdido na zona rural entre Campinas e Jaguariúna. São vários quilômetros de estrada de terra para chegar ao destino, mas a vista é compensadora.

Recentemente estive lá para conferir a cobertura da casa, junto com o empreiteiro, amigo meu. O dia estava quente e o sol escaldante. No retorno para Paulínia fiz a sugestão de pararmos num boteco para matar a sede.

Calma aí que eu não sou pinguço. A ocasião estava pedindo uma tubaína mesmo, daquelas servidas em garrafas de cerveja. Estacionamos num bar misto com mercearia, plantado no meio do nada há mais de quarenta anos.

Havia um cavalo malhado amarrado numa das colunas da varanda. Os poucos carros que passavam ali seguiam devagar, para não levantar poeira. Pedi um empanado de frango desfiado para acompanhar.

Meu amigo puxou um cigarro e foi lá fora para fumar. Levei os copos de vidro - usados originalmente como embalagem de requeijão - para a mesa. Neste momento, dois senhores grisalhos chegaram, tirando os chapéus para entrar.

O dono do lugar marcava tudo numa caderneta. O empreiteiro tinha conta lá e não me deixou pagar pela tubaína e o salgado. Olhei para frente e vi um extenso campo de pastagem, com alguns bois procurando as sombras das árvores.

Nesta situação, das mais corriqueiras possíveis, agradeci pelo presente da vida. Triste daquele que não consegue extrair prazer de um momento fugaz como este.

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